Noticia_20150419-2A_ImagemOs movimentos tridimensionais feitos pelo cavalo, ao andar, são capazes de produzir em quem cavalga de 1.800 a 2.250 estímulos cerebrais e ajustes automáticos em busca de equilíbrio por minuto.

Por essa peculiaridade, a equoterapia proporciona bons resultados a quem tem problemas na coordenação motora, ocasionados pela paralisia cerebral, autismo, síndrome de Down ou outras.

Graças ao tratamento, Lara, que até os 2 anos e 10 meses sequer engatinhava, hoje consegue andar. Por ser portadora da síndrome de Down, a garota de 3 aninhos têm algumas limitações motoras e cognitivas que podem ser superadas com outras terapias.

A mãe de Lara, Isabela Alves, 26, conta que os benefícios da terapia com cavalos não se resumiram  ao desempenho motor. “Ela agora interage melhor, tem mais facilidade de se relacionar com amigos e familiares e presta mais atenção ao que falamos ou ao que vê”, diz.

Isabela conta que leva a filha para outros tratamentos com fonoaudiólogo, psicólogo e fisioterapeuta, mas ressalta que  foi a equoterapia  que mais contribuiu para o desenvolvimento dela.

Primeiras palavras

Com Arthur, de 9, o ganho foi maior com o sistema cognitivo. Portador de uma paralisia cerebral, ele ainda não consegue sentar ou ficar em pé. Mas, graças à atividade semanal, aprendeu a falar as primeiras palavras: mamãe e água.

“Ele também já emite som para chamar a atenção das pessoas”, diz a estudante de pedagogia Givânia Araújo, 36, mãe de Arthur.

A presidente da Associação Baiana de Equoterapia (Abae), Maria Cristina Guimarães, ressalta que a atividade contribui para a melhora da autoestima, do equilíbrio, da concentração e da atenção.

“Aqui, eles têm contato com os profissionais, que são extremamente atenciosos, e com a natureza. O canto dos pássaros e a relação com os cavalos e  o verde mexem com o lúdico e, ao mesmo tempo, com o aprendizado deles”, afirma.

Noticia_20150419-2B_ImagemO tratamento das duas crianças só foi possível graças a uma parceria firmada entre a Polícia Militar da Bahia, a  Abae, a Associação Baiana de Criadores de Cavalos de Passeio e Esporte (ABCCPE) e a Secretaria de Agricultura do estado (Seagri) para oferecer tratamento gratuito à população.

Em um centro particular, uma consulta de avaliação custa R$ 250 e cada sessão, R$ 110, segundo Cristina. O preço seria inviável para o orçamento de Isabela. “Gastamos muito  uma série de cuidados. Não teria condições de pagar”, acrescenta.

As sessões duram entre 15 e 30 minutos e ocorrem de segunda a sábado, no parque de exposições, na avenida Dorival Caymmi. As inscrições podem ser feitas pelo telefone 3249-0599.

Curso

Com o objetivo de ampliar o atendimento no estado, a Abae vai promover, entre os dias 20 e 24, o primeiro curso básico de equoterapia para profissionais de saúde e de educação interessados na atividade. As aulas serão ministradas no centro de treinamento da Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola.

Para o major Aloysio Herwans, à frente da atividade, o curso vai ampliar o tratamento. “Atendemos 350 famílias e temos uma fila de duas mil pessoas. Recebemos pessoas de Irecê e Xique-Xique, que se deslocam para fazer apenas 30 minutos de sessão. Por isso a importância de ampliar para outras cidades baianas”, diz.

Fonte: http://atarde.uol.com.br/bahia/salvador/noticias/1674874-equoterapia-melhora-coordenacao-motora

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