28/09/2018

Por Patrícia Vieira

fisioterapeura auxilia Matheus de cinco anos – Foto: Patrícia Vieira

Mathues Dias de Oliveira Sell, de 5 cinco anos, integra o grupo de 30 alunos que fazem o tratamento com equoterapia oferecido pela Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae), em Lages em parceria com a Cavalaria da Polícia Militar (PM).

A mãe, Janaina Eliane Dias de Oliveira, conta que em dois meses da terapia já é possível perceber as mudanças, como coordenação motora. “Ele caminhava com as pontas dos pé e agora já consegue firmar os dois pezinhos inteiros no chão. É muito gratificante ver a evolução. A atendimento é ótimo”, afirma a mãe, que também tem outro filho com 10 anos, que está aguardando vaga na Apae.

Há 17 anos, a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae), em Lages, implantou a equoterapia, com o intuito de auxiliar no tratamento de pacientes com necessidades fisioterápicas. O método terapêutico consiste no uso do cavalo como aliado ao praticante, buscando o desenvolvimento biopsicossocial de acordo com a deficiência e as necessidades especiais.

O projeto iniciou nas dependências no Parque de Exposições do Conta Dinheiro com apenas um cavalo. Em 2008, através de parceria com a Polícia Militar, os atendimentos passaram a ser realizado nas dependências da Cavalaria da Polícia Militar, em Lages.

Segundo o educador físico, Fabrício Marcelo Ribeiro Matos, atualmente, 30 alunos da Apae fazem o tratamento que é oferecido todas as sextas-feiras, das 8h às 17h. Ao todo são quatro profissionais envolvidos e três cavalos utilizados na terapia.

Fabrício ressalta que 70% das vagas são destinadas para alunos da Apae e os outros 30% para a comunidade, por meio de indicação do Esquadrão da Polícia Montada. “A maioria dos praticantes possui alguma deficiência física e/ou neurológica, como paralisia cerebral, Síndrome de Down, Autismo, Mielomeningocele e microcefalia” disse.

Inauguração

Na sexta-feira (29), foi inaugurada a ampliação do espaço. Que agora passa a contar com novas salas de espera e de aula, além de uma academia de musculação. Participaram do ato, o presidente da Apae, Jorge Luiz Manfroi, o comandante do Esquadrão da Polícia Montada de Lages, tenente Gabriel Furtado Fernandes, e o comandante da Polícia Ambiental na Serra major Adir Alexandre Pimentel, além de outras autoridades, bem como pais e alunos da Apae.

A reestruturação do espaço foi possível graças a uma parceria com a Polícia Militar Ambiental (PMA) por meio do projeto Educação Ambiental e Equoterapia. Os recursos para as obras foram repassados pela PMA provenientes da conversão de multas ambientais para projetos de melhoria, conservação e preservação do meio ambiente. “O projeto incentiva os alunos e familiares a recolherem materiais recicláveis na natureza, como garrafas pet, papel, papelão e outros. Esses materiais são utilizados na confecção de objetos pedagógicos para as aulas” comenta.

A ideia, segundo Pimentel, é ampliar o número de dias para a prática da equoterapia.

Equoterapia

A equoterapia traz benefícios físicos e mentais aos pacientes. Além disso, aumenta a sociabilidade do praticante, estabelecendo relação entre ele, o cavalo e os profissionais que o acompanham durante as atividades. Ela pode ser praticada a partir dos três anos de idade e precisa de recomendação médica. Cada aluno pode permanecer no projeto por até dois anos.

De acordo com a presidente da equipe equoterapia da Apae, a fisioterapeuta Clara Loregian, a terapia não substitui o tratamento convencional de deficientes, mas a utilização do cavalo, numa abordagem interdisciplinar e terapêutica, com profissionais da área garante bons resultados.

Fonte:https://clmais.com.br/equoterapia

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