As séries “Squid Game”, “Succession” e “Ted Lasso” foram outras das vencedoras das 28.ª cerimónia dos prémios do Sindicato dos Atores. Os filmes mais nomeados, “Casa Gucci” e “O Poder do Cão”, ficaram de mãos vazias

O filme “CODA” foi o grande vencedor da 28.ª cerimónia de entrega dos prémios do Sindicato dos Atores, em Los Angeles, numa noite que também coroou as séries “Squid Game”, “Succession” e “Ted Lasso”.

Entre várias vitórias e derrotas surpreendentes, a cerimónia fez história ao premiar o elenco de um filme sobre a cultura surda com vários atores surdos, “CODA”, e os atores principais da primeira produção em língua não inglesa nomeada para os prémios do Sindicatos dos Atores (SAG, na sigla inglesa) “Squid Game”. 

Ao mesmo tempo, os filmes mais nomeados, “Casa Gucci” e “O Poder do Cão”, ficaram de mãos vazias.

Protagonizado por Emilia Jones e pelos atores surdos Marlee Matlin, Troy Kotsur e Daniel Durant, “CODA” é um filme independente de baixo orçamento que ganhou destaque no festival Sundance de 2021 e foi comprado pela Apple TV+ por 25 milhões de dólares (22 milhões de euros).

Isto valida o facto de que nós, atores surdos, podemos trabalhar tal como todos os outros”, disse Marlee Matlin, com o auxílio do intérprete, no discurso de aceitação do prémio para Melhor Elenco num Filme, a estatueta mais cobiçada nos prémios SAG. 

CODA” não só superou o elenco dos filmes “King Richard: Para além do jogo”, “Casa Gucci”, “Belfast” e “Não Olhem para Cima”, como também valeu o prémio de Melhor Ator Secundário a Troy Kotsur, que no discurso agradeceu a escolha de atores realmente surdos para contar uma história da cultura surda. 

Numa noite de surpresas, a entrega do prémio de Melhor Atriz Principal a Jessica Chastain, pelo papel em “Os Olhos de Tammy Faye”, foi largamente inesperada, numa categoria em que estava nomeada com Olivia Colman, Nicole Kidman, Jennifer Hudson e Lady Gaga. 

Menos surpreendente foi a vitória de Will Smith, que viu o papel em “King Richard: Para Além do Jogo” ser consagrado com o prémio de Melhor Ator Principal e fez um dos discursos de aceitação mais longos da noite. 

Este pode ter sido um dos melhores momentos da minha carreira”, disse Smith, que estava sentado ao lado da tenista Venus Williams quando o seu nome foi anunciado. Richard Williams, o pai das tenistas Venus e Serena que Will Smith interpretou, “tem um poder de acreditar que roça a insanidade”, disse o ator, “algo que é absolutamente necessário para levar algo do impossível para o possível”. 

Já a estatueta para Melhor Atriz Secundária foi entregue a Ariana DeBose pelo papel de Anita no remake de “West Side Story”, realizado por Steven Spielberg. 

Nas produções para televisão, “Squid Game” da Netflix destacou-se ao levar os atores sul-coreanos Lee Jung-jae e Jung Ho-yeon a receberem os prémios de Melhor Ator em Série Dramática e Melhor Atriz em Série Dramática, respetivamente, ultrapassando de forma notável​nomeados como Jennifer Aniston, Elisabeth Moss, Brian Cox ou Jeremy Strong. 

No entanto, foi “Succession”, da HBO, a triunfar como Melhor Elenco em Série Dramática, levando Brian Cox a fazer um discurso de aceitação muito emotivo e politizado, falando abertamente em defesa da Ucrânia por causa da invasão russa. 

Nas categorias de comédia, “Ted Lasso” da Apple TV+ triunfou com o Melhor Elenco em Série de Comédia” e o protagonista Jason Sudeikis foi o Melhor Ator em Comédia. O prémio para Melhor Atriz em Comédia foi entregue a Jean Smart por “Hacks”, da HBO. 

Em filme para televisão ou minissérie, Kate Winslet foi a Melhor Atriz por “Mare of Easttown” (HBO) e Michael Keaton o Melhor Ator por “Dopesick” (Hulu). Helen Mirren recebeu o prémio de carreira. 

A 28.ª cerimónia de entrega dos SAG decorreu em Santa Mónica, Los Angeles, sob o mote “Juntos Outra Vez”. Muitas celebridades demonstraram solidariedade para com a Ucrânia, usando acessórios com a cor da bandeira do país e com várias referências solidárias nos discursos de aceitação dos prémios. 

Fonte: https://cnnportugal.iol.pt/los-angeles/filmes/coda-o-filme-sobre-a-cultura-surda

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