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Deputado Rodrigo Coelho

Durante a fase de comunicações na sessão ordinária desta terça-feira (12), os deputados estaduais sugeriram à Mesa Diretora da Assembleia Legislativa (Ales) a contratação de intérpretes de Libras (Língua Brasileira de Sinais) para cobertura de sessões, audiências e eventos promovidos pela Casa. Rodrigo Coelho (PT) defendeu a causa de surdos que estiveram presentes na reunião da Comissão de Educação pela manhã e sugeriram um intérprete na Ales.

 

“É tirado o direito de saberem o que estamos falando. Não é dado o direito de participar da vida política do Estado”, destacou o petista. Presidente do colegiado de Educação, Da Vitória fez coro a Rodrigo Coelho e defendeu que a Ales “precisa consertar essa falha”.

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Da Vitória e Janete de Sá fizeram coro à fala de Rodrigo Coelho

 Defensora e propositora de projetos de resolução que versam sobre intérpretes de Libras, Janete de Sá (PMN) requereu que a direção da Casa contrate esses profissionais. “Há um projeto de resolução de 2003 tratando da questão. Já passaram várias diretorias e nada foi feito”, afirmou. O PR em questão trata-se do 63/2003, de autoria de Janete, que inclui o profissional de Libras na publicidade da TV Assembleia. Ele foi promulgado em abril de 2004.

 

Assunto foi debatido na Educação

Criação de escolas bilíngues no Estado e contratação de profissionais na área também foram temas em debate durante a reunião da Comissão de Educação da Assembleia Legislativa nesta terça-feira (12). As reivindicações foram feitas pelo representante do Movimento dos Surdos Capixabas, Daniel Junqueira, e pelo representante da Associação dos Interpretes de Libras, Josué Rego.

Durante a apresentação, Daniel Junqueira pontuou as principais necessidades dos surdos e mudos. “Fala-se muito em inclusão, mas nada é feito para que isso aconteça. Inclusão não é só um aluno ter ao lado a presença de intérprete, é muito mais. Ele precisa estar no mercado de trabalho”, disse.

 

Para Junqueira, é preciso que haja a criação de uma escola bilíngue no Estado onde o ensino seja por meio de sinais. “Já é comprovado que estudantes surdos e mudos aprendem mais e melhor em escolas bilíngues – escolas especiais que ensinam em libras e português – do que em escolas monolíngues – escolas comuns que só ensinam o português”, destacou.

Outra reivindicação apresentada pede o aumento ou a inclusão de vagas para profissionais da área como intérpretes e professores de libras em concursos públicos.  “Criam-se concursos públicos para várias categorias, mas nunca abrem vagas para os profissionais desta categoria. Já encaminhei vários ofícios para a Sedu nesse sentido, mas até hoje não obtive nenhum resposta”, lembrou.

Junqueira lembrou que os deficientes “não são tratados como seres humanos e nem respeitados como tal”. “O surdo sempre fica em último plano, ou seja, fica pra depois. Depois olhamos o que fazemos com aquele aluno surdo, depois olhamos o que vamos fazer com essa vaga de deficiente, e isso é um absurdo”, desabafou.

Luan Antunes e Renata Moreira / Web Ales

(Reprodução autorizada mediante citação da Web Ales)

Fonte: http://www.al.es.gov.br/portal/frmShowContent.aspx?i=24948

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