Hospitais públicos e particulares passam a ser obrigados a ter equipes capacitadas para orientar pacientes que dão à luz crianças com a síndrome

Noticia_2017312-1_ImagemOs hospitais públicos e particulares de Americana agora são obrigados, por força de lei, a ter equipes capacitadas para orientar pacientes que dão à luz crianças com Síndrome de Down.

Os vereadores aprovaram nesta quinta-feira, por unanimidade, a propositura do vereador Gualter Amado (PRB), que promete modernizar a relação entre a classe médica e as famílias. O fato, lembrou o autor do texto, é que os médicos – por despreparo ou desinteresse – são geralmente insensíveis e inconsequentes no trato do assunto.

A propositura atende aos apelos feitos por representantes de 60 núcleos familiares americanenses onde vivem portadores da Síndrome de Down. A “Família Down” foi criada como uma associação voluntária há seis anos, e passou a reunir pessoas interessadas em obter, por conta própria, informações úteis sobre a síndrome. Eram mães que, sem apoio especializado, mergulhavam na depressão porque acreditavam que os filhos jamais seriam aceitos pela sociedade.

O grupo foi representado na sessão ordinária da Câmara Municipal pela professora Simone de Almeida Amado Bertini, que por sinal é irmã do autor da propositura. Ela é mãe de três crianças. Uma delas (Maria Eduarda, de 9 anos) tem a síndrome. “Quando a gente sabe que deu à luz uma criança com alguma deficiência, fica sem norte. A gente ouve, da boca dos médicos e enfermeiros, frases horrendas, informações incorretas. Ainda falam que seu filho é mongoloide, um termo ultrapassado, repugnante”, disse nesta quinta.

O empenho do grupo, disse, tem o objetivo de, a partir da lei aprovada, dar o primeiro passo para a criação de um serviço especializado que una médicos, famílias e o próprio poder público. “Juntos, em grupo, todos podemos trocar experiências e informações sobre como nossos filhos podem crescer felizes. Queremos provar que a síndrome não é motivo para que as mães entrem em depressão”.

Na mesma sessão, os vereadores aprovaram um segundo projeto de Lei do mesmo vereador, que obriga os hospitais a informar imediatamente o nascimento de uma criança com Síndrome de Down a instituições especializadas na assistência a elas. Caso, por exemplo, da Apae (Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais). “A proposta é que as famílias sejam orientadas, desde cedo, sobre como podem conviver com a síndrome dentro de casa”, diz Simone. “A gente quer que a saúde tenha médicos interessados, informados. A síndrome não pode mais ser vista como condenação”.

Fonte: http://liberal.com.br/

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