A Central de Interpretação de Libras do Estado da Bahia (Cilba) foi reinaugurada nesta quarta-feira, 21, no Instituto Anísio Teixeira (IAT), na Paralela, pela Secretaria da Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social do Estado da Bahia (SJDHDS), por meio da Superintendência dos Direitos das Pessoas com Deficiência (Sudef).

O objetivo é prestar serviços de tradução e interpretação de libras, presencialmente ou por  teleconferência, ressaltando o atendimento para pessoas surdas ou com alguma deficiência auditiva, juntamente com a família, para que tenham acesso aos órgãos públicos parceiros.

Para o superintendente da Sudef, Alexandre Baroni,  a central é extremamente importante porque, sem esse serviço, não se consegue atendimento de qualidade: “Muitas vezes, pessoas surdas vêm à central com queixas de que foram mal atendidas, por não haver pessoas preparadas para fazê-lo”.

“Estamos falando de um universo de  170 mil pessoas com algum tipo de deficiência auditiva. Consequentemente, queremos ter isto como um horizonte”, ressalta.

Segundo a coordenadora da Cilba, Laiza Rebouças, o atendimento é voltado apenas para o órgão público. “A Cilba foi criada com foco no surdo, usamos a língua brasileira de sinais para esse atendimento. Temos três interpretes, duas ouvintes e eu, como intérprete surda. Sou coordenadora, oralizada e posso ajudar nesse atendimento”, esclarece.

Mary Rose Barros, 42 anos, precisava solicitar o passe livre, após  mudar-se para Camaçari, pois o endereço estava trocado. Após várias  tentativas, ela só conseguiu com a ajuda da intérprete Isabela Santos, 23.  “Enfrentei muita dificuldade para explicar o que  aconteceu, mas, graças a Deus e aos intérpretes que me ajudaram, consegui pegar o benefício”, conta.

Atendimento

No atendimento presencial, o usuário solicita que um intérprete de libras se desloque até o serviço público em que ele precisa de atendimento. Ele se comunica na língua de sinais com o intérprete, que faz a tradução simultânea para o funcionário do estabelecimento. Para isto, é preciso fazer um cadastro, com dados pessoais, como RG, CPF, filiação, e fornecer duas fotos 3×4.

Outra opção é o solicitante ir até a Cilba, para que um intérprete o auxilie, por exemplo, em uma ligação telefônica que precise fazer para um órgão público.

Existe, ainda, o atendimento pela internet, na página da central no Facebook (Cilba Central de Interpretação de Libras da Bahia) ou via Skype (Cilba.Sudef), para mediação da central com o serviço público, ou comunicação direta por vídeo, com outro usuário de libras.
São 50 atendimentos por dia, entre presenciais e a distancia. O órgão  funciona de segunda a sexta-feira, das 8h30 às 17h30.

Fonte: http://atarde.uol.com.br/bahia/

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