A combinação de gastronomia e inclusão social é a receita de sucesso do Instituto Chefs Especiais, ONG baseada na cidade de São Paulo e que, desde 2006, atua na formação de jovens com Síndrome de Down. Mais que um curso de culinária, a ambição de seus fundadores, o casal Simone e Márcio Berti, é de que os alunos desenvolvam múltiplas habilidades: coordenação motora, capacidade de atuar em grupo, respeito às regras e aumento da autoestima.
Esse trabalho despertou a atenção de Wesley Batista, um dos controladores e presidente da JBS, a maior processadora de carnes do mundo, e dona das marcas Friboi, Seara e Swift. Em setembro de 2013, a empresa se tornou uma das principais patrocinadoras da ONG. “Queremos contribuir para o desenvolvimento desses jovens e agregar todos os conhecimentos que pudermos”, afirmou Bastista, na cerimônia de lançamento da parceria. “Esses meninos não têm ideia de como já estão mudando nossa história.”
De acordo com o IBGE, existem cerca de 300 mil pessoas com Síndrome de Down, no País. Apesar de requerer cuidados especiais, este contingente tem capacidade de desempenhar inúmeras funções no mercado de trabalho. Por conta disso, os participantes dos cursos mantidos pelo Instituto Chefs Especiais não têm moleza.
O ambiente de ensino reproduz o de uma cozinha tradicional e, além de monitores fixos, os alunos recebem lições de gastronomia de chefs renomados. Por lá, já passaram nomes como Carlos Bertolazzi, ex-sócio do restaurante Per Paolo e apresentador do reality show Cozinha Sob Pressão, do SBT, Olivier Anquier, apresentador do programa Diário de Olivier, exibido na GNT, e Rogério Shimura, da Levain Escola de Panificação e Confeitaria.
Desde 2006, a ONG já formou cerca de 200 jovens. A grade curricular inclui desde atividades lúdicas, como as Oficinas Dow Cooking, para crianças a partir dos 12 anos, até a qualificação de mão de obra para o mercado de trabalho como garçom e bartender, direcionados aos maiores de 18 anos.
Fonte:http://www.istoedinheiro.com.br/