Noticia_20150320-1A_ImagemO setor de artes da escola-modelo municipal Antônio Benedito da Rocha, no bairro de Garapu, no Cabo de Santo Agostinho, está promovendo o projeto ‘Teatro sem Palavras’, que trabalha com alunos deficientes auditivos. A iniciativa surgiu no final de 2014, a partir das aulas de teatro da professora de artes, Evânia Copino, com alunos do 8º ano. O objetivo é realizar peças onde os estudantes com algum tipo de surdez possam ser protagonistas delas, a partir da linguagem gestual e expressiva, dividindo a cena com alunos de audição normal.

De acordo com a realizadora do projeto, inicialmente havia o interesse das três alunas com deficiência auditiva da escola em participar das aulas de teatro realizadas com os outros alunos. “A gente percebeu que naturalmente elas eram muito expressivas e isso para o teatro era muito importante. Então eu vi que eu não sabia me comunicar com elas. Eu pensei como ia fazer para elas me compreenderem nas aulas”, revela Copino.

Noticia_20150320-1B_ImagemA partir da difusão da Linguagem Brasileira de Sinais (LIBRAS) nas escolas, através do setor de Educação Especial da Secretaria Municipal de Educação do Cabo, encontrou-se a saída para a integração entre os alunos com e sem deficiência auditiva. A professora Evânia Copino percebeu que a partir da LIBRAS, elas conseguiam se comunicar entre elas: “quando eu vi que elas já tinham feito uma ponte com as amigas, pensei em trazê-las junto para as aulas. Dai as garotas com surdez passaram a se tornar muito populares entre os colegas

A iniciativa gerou um interesse dos alunos tanto para as aulas de teatro, quanto para o aprendizado da LIBRAS. “Para fazer parte do nosso curso de teatro inclusivo, não basta apenas querer fazer o teatro, mas também querer aprender a fazer a comunicação com as alunas surdas. Então elas começaram a ser protagonistas da ação em que todos querem participar”, explicou a professora.

Os estudantes já ensaiaram duas peças nas aulas de teatro, que ocorrem nos horários extraclasse, com inspiração em Chaplin e no teatro mudo. Outro desafio será a construção de textos voltados para surdos, de forma que os ouvintes possam falar e também possa acontecer a expressividade dos alunos surdos e dos ouvintes. ”A nossa intenção é a de quem vai assistir não perceba quem é surdo ou quem é ouvinte, pois em muitos momentos todos vão estar juntos na mesma possibilidade de expressão”, enfatizou Evânia Copino.

Texto e fotos: Ascom da SME/Cabo

fonte: http://www.cabo.pe.gov.br/index.php/projeto-teatro-sem-palavras-faz-inclusao-de-alunos-surdos-no-cabo/

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